O delegado de Arroio Grande, Jaimes Gonçalves, concluiu nesta segunda-feira (4) o inquérito sobre o faxineiro de 37 anos preso há dez dias acusado de pedofilia. Gonçalves pede à Justiça o indiciamento do homem nos artigos 241-A e 241-B do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que preveem penas de um até oito anos de prisão em regime fechado.
No final da semana passada a Polícia Civil concluiu a análise dos aproximadamente 300 vídeos pornográficos armazenados no computador e em um pen drive encontrados na casa do acusado. A maior parte do acervo é de filmes caseiros e alguns contêm cenas de sexo envolvendo adultos e bebês.
A polícia, no entanto, não conseguiu comprovar a participação do faxineiro na produção das imagens. “Não é possível afirmar que ele tenha participado, pois os adultos não aparecem nos filmes”, revela.
Rede de compartilhamentoApesar do pouco tempo transcorrido entre a descoberta do crime e o fechamento do inquérito, a polícia conseguiu apurar que os vídeos eram obtidos e compartilhados pelo acusado através da internet com a utilização de um programa específico.
A partir deste programa, o faxineiro tanto podia acessar filmes armazenados em computadores de outros pedófilos, como permitir que os seus fossem vistos e copiados por pessoas de todos os cantos do mundo. A polícia, todavia, não conseguiu concluir se o acusado integrava alguma rede brasileira ou regional voltada à distribuição deste tipo de material.
Pedófilo segue presoAinda nesta segunda-feira o delegado Gonçalves obteve da Justiça a confirmação da prisão preventiva (válida por 30 dias, podendo ser renovada) para o homem, que já está recolhido desde o dia 25 de julho no Presídio Estadual de Jaguarão.
Fontes ligadas ao presídio informaram, nesta segunda-feira à tarde, que o faxineiro está dividindo uma cela comum com outros presos e que nenhum incidente foi registrado desde sua chegada