Na fronteira com Jaguarão e Chuí, no Sul do Estado, as vendas do comércio em Rio Branco e Chuy caíram 40% e o movimento despencou com a alta do dólar. Isso traz impacto aos serviços que dependem dos free shops, como hotéis, restaurantes e transporte. Taxistas que antes faziam de 30 a 40 corridas são chamados apenas quatro vezes por dia.
Nas lojas, o pagamento à vista em real tem substituído o uso do cartão de credito. Para atrair os consumidores, empresários estão promovendo descontos de até 50% em bebidas, eletrodomésticos e roupas.
Eles também estão baixando a cotação da moeda americana. "Estamos tentanto minimizar a crise vendendo o produto cotado por R$3,09 ou menos, em vez de R$ 3,29, por exemplo", afirma o presidente da Associação dos free shops do Chuy, Carlos Calabuig. Ou seja, o valor é menor do que a cotação do dólar comercial e bem abaixo do que o de turismo, vendido nas casas de câmbio.
Mesmo assim, o casal Carmem e Walter Gnutzmann, de Pelotas, ficou apreensivo com os preços. "Só estamos olhando as lojas porque viemos até Jaguarão. Se fosse especificamente para comprar, não teríamos vindo", relata a esposa.
O Banco Central divulgou que os gastos dos brasileiros no exterior diminuíram 520 milhões de dólares em fevereiro em relação à janeiro. A queda é de 23%.
Fonte: Rádio Gaúcha