O governo estadual detalhou em entrevista coletiva na manhã desta sexta-feira (31) o calendário para o pagamento dos salários dos servidores do Executivo. Conforme a Gaúcha antecipou, 48% dos trabalhadores tiveram seus salários parcelados, com pagamento máximo de R$ 2.150 por matrícula efetuado hoje.
O secretário da Fazenda, Giovani Feltes, confirmou o pagamento de mais R$ 1 mil aos servidores no dia 13 de agosto. O restante será pago até o dia 25.
O secretário ainda disse que a partir de agora, o pagamento dos salários ocorrerá sempre no último dia do mês - e não mais nos três últimos dias.
Ele ressaltou que o parcelamento de salários não é algo novo - já foi adotado pelo governo Yeda Crusius em 2007-, mas confirmou que a crise hoje é mais aguda. Ele citou decisões judiciais como agravantes da situação e disse que faltam R$ 360 milhões aos cofres estaduais para pagar a folha em dia.
Giovani Feltes também classificou como "muito provável" que o Estado não cumpra com o pagamento da dívida com a União. "É muito provável que isso venha a ocorrer", disse ao afirmar que torce para que não ocorra bloqueio no repasse de verbas federais por conta do calote.
Acompanharam também a entrevista o secretário de Governo, Carlos Burigo, o chefe da Casa Civil, Márcio Biolchi, e o secretário de Comunicação, Cleber Benvegnú. O governador José Ivo Sartori só irá se manifestar pelas redes sociais.
O detalhamento dos pagamentos ocorreu após protesto de servidores, que bloquearam o trânsito nas avenidas Borges de Medeiros e Praia de Belas, causando congestionamento no acesso ao Centro da Capital.
Projetos serão enviados à Assembleia na próxima semana
O secretário da Fazenda confirmou durante a entrevista que o governo estadual irá encaminhar na próxima sexta-feira (7) a terceira etapa do pacote de ajuste fiscal. Nessa fase, estarão os projetos de revisão de planos de carreira e previdência.
O governo não descarta o envio de proposta de aumento de impostos. Os secretários ressaltaram que são necessárias medidas de impacto para minimizar a crise financeira do Estado e também evitar que os servidores sejam ainda mais prejudicados.
Fonte: Rádio Gaúcha