Fatores como predisposição racial, idade e imunidade baixa, resultante de uma má alimentação ou de estresse, também podem influenciar. De acordo com a médica veterinária Caroline Mendes, raças como yorkshire, beagle e dachshund estão entre as mais propensas à malassezia. Esta é uma micose considerada branda - manifestada principalmente em dobras, onde há mais calor e umidade. Porém, ela ressalta a importância de ficar de olho assim que alterações no comportamento do cão forem percebidas, pois devido à alergia que pode causar em alguns animais, a coceira é tanta que leva os peludos a mutilarem-se.
Gerada por leveduras, apresenta como sintomas a vermelhidão na pele, a coceira e o mau cheiro. Regiões como entre dedos, dobras da face, orelha, axila e períneo requerem boa higienização para evitar o aparecimento do fungo.
Quanto à esporotricose, todo o cuidado é pouco. Altamente contagiosa em humanos, a micose aparece na forma de feridas redondas que demoram a cicatrizar. Os gatos são os principais animais afetados pelo fungo que geralmente habita solo, palhas, vegetais ou madeiras. Temperaturas altas e umidade favorecem sua proliferação. A transmissão pode se dar por meio de materiais contaminados como farpas ou espinhos. Animais com a doença podem passá-la aos outros por arranhões, mordidas e contato direto com a pele lesionada.
Seja qual for a micose, ficar atento e procurar um veterinário assim que notar algo estranho são algumas das formas de garantir o bem-estar dos bichinhos de estimação. “A saúde do animal vem de dentro pra fora. É importante que se cuide desde a alimentação até os fatores externos para garantir o seu bem-estar”, destaca.
No que tange às refeições dos pets, a recomendação é prezar pela qualidade, buscar produtos com menos sal e sem corante. Olhar os rótulos sempre que for às compras é a dica. Outra questão é a preocupação com a manutenção da carteirinha de vacinação: doses em dia. Ainda, aplicação de vermífugos e carrapaticidas periodicamente colaboram para o desenvolvimento de um sistema imunológico mais forte. Check-ups, raspagem de pelo, coleta de sangue a cada seis meses e cuidado com o excesso de banhos são formas de prevenção.
Tratamento
Segundo a profissional, normalmente os problemas com fungos podem ser resolvidos com medicamentos tópicos (uso na pele), administrando xampus específicos, sprays e, às vezes, comprimidos via oral. É importante ressaltar que os tratamentos são longos, dependendo do estado do pet podem durar entre 30 e 90 dias. O sucesso e a recuperação dependem muito da boa vontade e da atenção por parte dos donos.
Fonte; Diário Popular