Após meses de investigações, policiais da Delegacia Especializada em Furtos, Roubos, Entorpecentes e Captura (Defrec) do Rio Grande prenderam nesta quarta-feira (01) um homem de 28 anos que seria o fornecedor de drogas sintéticas para jovens de classe média e alta do município.
P.P.A. é dono de uma loja de som automotivo, localizada no bairro Bucholz. Ele foi preso em seu local de trabalho. Com ele, a Polícia Civil encontrou 21 pontos de LSD, além de maconha e cocaína. De acordo com o delegado Ronaldo Coelho, o sócio do traficante também é investigado pelo mesmo crime. "Estamos apurando se o estabelecimento funcionava também como ponto de venda de drogas. Além de fornecer os entorpecentes, o suspeito fazia a entrega da droga", disse.
Para o delegado, não é descartada uma ligação entre P.P.A. e os jovens presos durante a Operação Sem Modos, deflagrada há pouco mais de uma semana em Pelotas. "A Defrec está investigando se há participação de outras pessoas no esquema e se existe relação com o grupo de Pelotas. O que se pode afirmar é que com certeza eles se conhecem", comentou. A droga distribuída no Rio Grande também é oriunda de Santa Catarina.
Presos Operação Sem Modos
Segundo a titular da 1ª DP, Lisiane Mattarredona, dos 17 jovens detidos durante O operação Sem Modos, 13 continuam presos. Os que receberam soltura devem responder a processo em liberdade. O 18º suspeito foi preso na última sexta-feira pela Polícia Civil. Ele continua recluso no Presídio Regional de Pelotas (PRP). Todos responderão a processo criminal por tráfico de drogas e associação para o tráfico. Um deles, além desses crimes, deverá responder por posse ilegal de arma de fogo. As investigações sobre o grupo criminoso continuam.
Conforme a Polícia Civil, a organização chegava a faturar R$ 30 mil por noite. A droga comercializada em Pelotas era vinda de Santa Catarina. As investigações apontam ainda que os suspeitos usavam o aplicativo de mensagens instatâneas WhatsApp para se comunicarem e negociarem as transações das drogas. As conversas entre traficantes e usuários eram realizadas em um grupo cujo nome é Sem Modos.
O grupo começou a ser investigado em janeiro deste ano quando a Delegacia Especializada em Furtos, Roubos, Entorpecentes e Captura (Defrec) apreendeu, no Areal, meio quilo de maconha e 25 pontos de LSD. Desde então a polícia apreendeu mais de mil comprimidos de ecstasy que seriam comercializados em festas rave e no entorno das universidades.
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