Quem conta a história é o pesquisador Davi Dias, neto de dona Maria. Ele morava com a avó e com o cachorro na residência, destruída no incêndio. Ele não estava no local e não sabe a causa do início do fogo, mas acredita em um curto circuito. O que não é dúvida para o pesquisador é que a família deve ao cusco a sobrevivência da avó. "Ele latiu até ser ouvido. Quando minha avó acordou o fogo já estava quase nela. No momento em que ela colocou os pés fora, a casa desabou. Estou arrasado que ele não conseguiu sair", diz.
Kauã tinha nove anos. Era o grande parceiro de passeios e corridas de Davi e o companheiro diário de dona Maria. "Ele era uma criança, um filho. Os bens materiais já nem importam, a nossa perda real foi ele. Era o bem maior que nós tínhamos, é o nosso herói", conta, emocionado.
É possível ajudar
Mas mesmo que os bens materiais possam não importar em detrimento da vida que se perdeu, é preciso reerguer a estrutura. Davi e dona Maria estão desalojados, ficando na casa de parentes, e precisam de ajuda. Quem tiver interesse pode procurar a família e doar materiais de construção, como cimento, tijolos, areia e brita. Eles já receberam uma doação de 50 telhas. Portas e janelas também são bem-vindas. O telefone para contato é o (53) 8124 7893.
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