Dupla de assaltantes já conhecida de funcionários de farmácias localizadas na área central de Pelotas voltou a atacar na noite desta segunda-feira (12). Os alvos foram dois estabelecimentos, ambos vizinhos, na rua Marechal Floriano, entre o calçadão da Andrade Neves e a praça Coronel Pedro Osório. Segundo a descrição dos funcionários, os suspeitos são jovens, agressivos e portam revólveres.
Por volta das 20h50, os dois entraram na primeira farmácia se passando por clientes. Olharam os produtos, escolheram desodorantes e solicitaram atendimento. Enquanto um funcionário fazia o trâmite para a venda, a operadora do caixa reconheceu que o suposto freguês era na realidade a mesma pessoa que "há pouco mais de um mês" havia assaltado praticamente no mesmo horário o mesmo estabelecimento, inclusive com direito a um disparo em sua direção. Aí já era tarde. O suspeito sacou a arma, apontou de novo contra a funcionária e anunciou o assalto. Sob ameaça, a obrigou a dar todo o dinheiro que havia no caixa. "E queria mais", disse Camila Becker, 18 anos, há sete meses na empresa e dois assaltos vivenciados. "Quase fui agredida", afirmou, ainda abalada. Além do dinheiro, a dupla levou o relógio e dois celulares também de funcionários da farmácia.
O êxito do assalto deve ter motivado a dupla a atacar logo em seguida a farmácia vizinha, separada apenas por um prédio. O modus operandi não foi o mesmo. Se na primeira investida se passaram por clientes, desta vez a ação foi mais direta. Com as armas apontadas contra os funcionários, um deles levou o dinheiro do caixa. O segundo foi ao fundo da loja onde a gerente fazia o depósito do montante que havia ingressado a partir do fim da tarde - após o expediente bancário. "Fizeram um arrastão", disse, nervoso, o supervisor do estabelecimento, Sandro Garcia, 40. Além do dinheiro, os dois ainda levaram dois notebooks.
Foi o terceiro assalto às lojas da rede em duas semanas, conforme Garcia. O primeiro na filial da rua General Osório esquina Neto; o segundo, semana passada, na rua Lobo da Costa, entre calçadão e General Osório. "São sempre os mesmos", garante o funcionário, que não estava na farmácia no momento do assalto. "São os mesmos", insiste, "pela descrição dos dois e pelo método, dois jovens, armados, agressivos e ameaçadores - desse jeito vamos ter que parar de trabalhar."
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