Três caminhões do Corpo de Bombeiros combateram o fogo durante a noite de quarta-feira (8) e a madrugada desta quinta no Pontal da Barra, na praia do Laranjal, em Pelotas. As chamas, que começaram no fim da tarde, estavam sob controle até o início da noite. A mudança do vento, no entanto, levou as labaredas para perto das casas dos pescadores.
O clima no local é de apreensão constante. Muitos moradores da parte de trás da comunidade deixaram suas casas com medo. E foi justamente nos fundos que as chamas chegaram mais perto nas primeiras horas, a poucos metros das cercas. "Nós agimos rápido e capinamos o banhado pra tentar evitar que o fogo chegasse na casa", conta o pescador Tiago Crespo.
Dos três caminhões de bombeiros presentes, dois eram de Pelotas. Um terceiro foi chamado de Rio Grande para dar apoio. Um drone de uma equipe que foi cobrir a queima ajudou a guarnição a ter uma ideia melhor sobre a área afetada. O trabalho intenso dos profissionais foi acompanhado de perto pelos moradores. Muitos, inclusive, ajudaram na hora de deslocar as mangueiras para pontos de maior risco. Quando os focos estavam controlados de um lado, a guarnição era chamada de outro para conter o avanço do incêndio. Em meio ao ambiente tenso, duas mulheres foram levadas pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para o Pronto-Socorro de Pelotas (PSP) por precaução após inalarem muita fumaça.
Também estiveram presentes no Pontal da Barra equipes da Guarda Municipal, da Defesa Civil e do Sanep, além de membros da Secretaria de Serviços Urbanos e Infraestrutura. A secretária de Saúde, Ana Costa, também acompanhou de perto os procedimentos.
Novo susto na madrugada
Mais tarde, por volta da 1h, o clima quase tranquilo se desfez. O vento instável e forte levou mais uma vez o fogo para perto das casas.
Os bombeiros tiveram acesso aos focos mais próximos do incêndio pelo pátio das residências. No fundo das propriedades era possível ver as labaredas a poucos metros. O caminhão-pipa do Sanep, que abasteceu as guarnições no local, também serviu como apoio, com uma pequena mangueira, para fazer o rescaldo dos terrenos.
Entre uma cerca e outra, os bombeiros contiveram as chamas com jatos d'água. Não foi possível chegar ainda mais perto devido ao atoleiro dos banhados. De acordo com o comandante da guarnição local, sargento Jason Pereira, a equipe deve monitorar o Pontal até o controle total do fogo para garantir a segurança dos moradores.
Causa desconhecida, mas suspeita
Morador do Pontal há mais de 30 anos, João Carlos Fonseca conta que este é o terceiro grande incêndio que vê no local. O pescador aponta a imprudência como principal causa dos incidentes. "Até churrasco que o pessoal não apague tudo direito pode causar problema. As pessoas que vêm fazer oferenda também tem que ter mais atenção. As velas acesas próximas às folhagens são um perigo. E está sempre cheio de velas por aqui."
Para os bombeiros, não é possível afirmar oficialmente qual a origem do fogo. A suspeita entre todos no Pontal da Barra, no entanto, é de que tenha sido criminosa.
O comerciante João Pereira, que mora em uma das áreas menos afetadas da comunidade, resumiu o sentimento dos moradores. "Nós já passamos por muitas enchentes aqui, mas com fogo não se brinca. A gente só quer que as pessoas tenham mais cuidado e que esse fogo acabe de uma vez, senão é impossível voltar pra casa tranquilo."
Tragédia ambiental
Os cães andavam pela rua de um lado para o outro, parecendo desnorteados com tanto movimento no Pontal. Mas eles não são os únicos animais na região - tampouco os únicos afetados.
De acordo com o ecólogo Gustavo Arruda, o Pontal da Barra é um espaço privado, mas dentro dele existe uma pequena área de preservação permanente - a Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN). Vários animais silvestres - inclusive ameaçados de extinção - e sítios arqueológicos podem sofrer com a queimada que devasta o banhado.
O ecólogo alerta para os riscos que sofrem os animais menos favorecidos. "Os bichos de banhado sabem fugir do fogo porque evoluíram junto com as queimadas naturais. O problema é que fora dali há muita área "urbana" e isso pode ter conflitos no momento da fuga dos animais. Os mais debilitados, velhos, doentes e filhotes são as principais vítimas."
No local existem animais como o gato do mato grande, a lontra e o gavião cinza, além de diversas espécies de anfíbios e répteis. O peixe anual, um dos principais símbolos da preservação ambiental na área, também sofre consequências da alteração do seu habitat.
Gustavo, que também é integrante do Movimento Pontal Vivo, pede ainda muita atenção para que o espaço seja mantido e respeitado após o incidente. "A área queimada é incompreendida pelos leigos. mas é importante ter cuidado para que ela não vire um depósito de lixo ou alvo fácil de especulação imobiliária. Tudo precisa voltar naturalmente ao seu estado de preservação. Se o Pontal fosse hoje uma unidade de conservação instituída, como luta o movimento, seria possível já existir um plano de manejo e toda essa tragédia poderia ter sido evitada ou amenizada."
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Fim de Papo com Benito Di Paula em Jaguarão/RS

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