Guto Ferreira, pela primeira vez, repetiu o time. Escalou a mesma equipe que, em sua análise, havia tido um bom desempenho contra o Criciúma, apesar de o resultado não ter vindo. Desta vez, porém, o começo foi diferente.
Depois de segurar o início do Ceará, o Inter foi se impondo. E aos 10 minutos já fez 1 a 0. Cláudio Winck cobrou um lateral rapidamente e surpreendeu a defesa do Ceará, encontrando Edenilson na área. O volante foi à linha de fundo e encostou para William Pottker, sozinho na área pequena, só deixar a bola encostar em seu corpo e comemorar.
O time da casa tentava se reerguer e levou o segundo. E teve de quase tudo no 2 a 0, marcado aos 20 minutos. A história começou com uma jogada envolvente pelo lado esquerdo que quase virou gol em cruzamento de Gutiérrez, para trás, que a zaga cortou. Depois da cobrança de escanteio, Cláudio Winck encheu o pé, de primeira, e Everson fez grande defesa. O rebote caiu em Pottker, livre, mas ele acertou o goleiro deitado. A defesa afastou de novo e Nico López, de fora da área, fez um golaço por cobertura.
Com espaço para contra-atacar, o placar ficou perto de ser ampliado no minuto seguinte. Pottker foi lançado e, de virada, carimbou o travessão.
O Ceará só foi atacar com perigo aos 38. Após uma tabela pelo lado direito, o cruzamento encontrou Pedro Ken à frente de Winck, e seu cabeceio foi ao lado da trave.
Havia espaço para contra-atacar. A cada erro de passe do Ceará, o Inter se mandava para a frente. Em uma delas, Pottker ganhou da defesa, entrou na área, mas adiantou demais, possibilitando a Everson se recuperar e segurar a bola.
No último lance do primeiro tempo, Rafael Carioca entrou pela esquerda, driblou Pottker e chutou por cima da trave.
— As equipes vêm enfrentar a gente de igual para igual e nós conseguimos fazer prevalecer a parte técnica — resumiu Pottker no intervalo.
O segundo tempo começou com um Inter mais seguro, trocando passes e controlando o ímpeto do Ceará. As tabelas quase sempre tonteavam o adversário, mas faltava sempre o capricho do último toque para ampliar. A equipe da casa só foi assustar aos nove minutos, em chute de Ricardinho que Danilo espalmou e Klaus apanhou o rebote.
Aos 14, quando o jogo ia pegando ritmo, torcedores do Ceará acenderam sinalizadores. O árbitro parou a partida, que só foi retomada três minutos depois.
O recomeço foi quase no mesmo ritmo da interrupção. Sem forças para atacar, a equipe nordestina erguia bola para a área, invariavelmente parando em algum zagueiro ou no goleiro colorado. O Inter, por sua vez, não forçava mais o contra-ataque, contentava-se apenas em ver o tempo passar.
Para dar mais energia, Guto Ferreira mandou a campo Diego e Juan, trocando por Nico e D'Alessandro. Em um dos contra-ataques, Cláudio Winck entrou livre, frente a frente com o goleiro, mas tentou fazer por cobertura, pegou mal e entregou de presente.
O primeiro erro da arbitragem ocorreu aos 35 minutos. Diego recebeu de Juan e, livre, driblou o goleiro, mas se atrapalhou. Na volta, foi atingido por Everson dentro da área. O juiz, estranhamente, deu vantagem, já que a bola sobrou para Gutiérrez.
Pouco depois, os ânimos se acirraram. O árbitro parou uma jogada para apresentar cartão amarelo a Cuesta e a Elton, que discutiam. Na retomada, o Ceará não devolveu a bola. Irritdo, Edenilson fez falta forte em Richardson. Os jogadores da casa partiram para cima dos colorados. Na confusão, até o juiz foi empurrado. Ninguém foi expulso.
Pouco antes do final, Fabinho quase transformou o placar em goleada, mas seu cabeceio foi para fora.
Agora, o Inter segue no Nordeste. No sábado, pega o CRB, tentando voltar ao G-4 da Série B.
* ZH Esportes