Para escapar, o Inter, além de vencer, precisa que o Sport não vença o Figueirense, ou que o Vitória não faça quatro pontos em seus dois jogos — se o time baiano fizer três, a decisão fica para o saldo, em que a equipe colorada tem desvantagem de quatro gols.
No terceiro minuto, o jogo parou. Sinalizadores acesos no setor atrás do gol obrigaram o árbitro a interromper a partida.
Quando voltou, a primeira chance foi do Inter. Alex roubou a bola no campo de ataque, Nico López correu, ganhou do zagueiro, mas seu chute de bico passou ao lado da trave.
A pressão antes dos 10 minutos trouxe ainda duas chances: Seijas chutou forte, desviado. Na cobrança de escanteio, Dourado jogou para fora, atrapalhado por Paulão.
O Cruzeiro, então, se encontrou no jogo. Assustou Danilo aos 22 em chute de Sóbis na rede pelo lado de fora. Geferson errou um passe e o contra-ataque do Cruzeiro só não virou gol porque William se recuperou e impediu seu xará de concluir.
Percebendo o mau momento do lateral-esquerdo, Lisca arrojou. Tirou Geferson e colocou Vitinho, no sacrifício. Alex virou ala.
O goleador colorado quase fez aos 33, aproveitando cruzamento de William, mas cabeceou para fora. Pouco depois, Alex cobrou falta frontal por cima da barreira, mas o goleiro Rafael voou e espalmou.
Aos 39, um golpe no time. Seijas roubou a bola do adversário, mas o árbitro interpretou falta e deu cartão amarelo ao venezuelano. É seu terceiro, está fora da última rodada.
Até o intervalo, o Inter seguiu insistindo, mas suas conclusões encontravam algum adversário ou tinham o endereço errado.
Na volta do vestiário, o Cruzeiro teve Edimar no lugar de Bryan. Criou duas chances, uma com William — defendida por Danilo — e outra por Sóbis — para fora. Amarrado, o Inter não achava soluções ofensivas. Aos 15, Lisca arriscou com Valdivia no lugar de Dourado. E dois minutos mais tarde, um drone com um B sobrevoou o campo.
Aos 25, os dois treinadores lançaram seus centroavantes. No Cruzeiro, Ábila. No Inter, Ariel (na vaga de Seijas). Era hora do desespero total.
A primeira jogada de Ariel foi pela esquerda. Após se livrar de um zagueiro, entregou para Anderson chutar e Rafael defender.
Então veio o lance emblemático da tarde. Aos 30 minutos, a torcida começou a cantar o hino, como se mostrasse apoio independentemente do que o domingo reservasse. Era escanteio para o Cruzeiro. A zaga afastou. Valdivia pegou o rebote e correu. Atravessou o campo. Fingiu que ia tocar para Nico. Enquadrou o corpo. Chutou. Fez o gol. E chorou.
zero hora