Eram nove horas quando um homem que, segundo testemunhas, estaria armado com faca e revólver invadiu a escola e roubou o celular de um aluno do sétimo ano. O suspeito visivelmente alterado - possivelmente sob efeito de drogas - teria pulado o muro lateral do colégio e entrado em duas salas até roubar o celular do adolescente que assistia aula no momento da invasão. Durante o roubo, alunos e professores foram ameaçados. "Foi horrível. Crianças e adolescentes ficaram apavorados, alguns saíram correndo. Foi assustador", relatou uma professora. Após praticar o roubo, o suspeito fugiu também pelo muro.
Uma funcionária da escola - que por medo prefere não ser identificada - conta que nunca imaginou passar por situação como essa. Para ela, o incidente na Escola Franklin Olive Leite é reflexo da insegurança, ausência do Estado e falta de investimento na educação. "A gente sente muito medo né? Como imaginar que isso iria acontecer dentro de uma escola. O sentimento é de descaso", lamentou. Devida a insegurança, as aulas no período da tarde e da noite foram suspensas.
Professoras se dizem amedrontadas e receosas de voltar às atividades, uma vez que, a presença da Patrulha Escolar da Brigada Militar (BM), nunca é vista por lá "A gente se sente expostas a qualquer tipo de perigo. Quem garante que isso não vai acontecer mais uma vez? E, se esse rapaz entra em surto de abstinência volta aqui mais uma vez e faz algo contra os alunos?", questionou uma docente.
A coordenadora da 5ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE), Maria Cristina Franz, disse que está sendo feito um levantamento do ocorrido e a partir disso será feito um pedido de mais policiamento na região da Escola Franklin Olive Leite. "O que aconteceu é algo sério e é preciso providências", comentou.
A Brigada Militar garantiu que deverá agendar um horário com a direção da Escola para tratar de ações preventivas no educandário.
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