Conforme Ortiz, caso a greve seja aprovada, os primeiros reflexos serão as delegacias do Estado de portas fechadas e somente casos de extrema urgência serão atendidos pelos agentes. Segundo o presidente da Ugeirm, ainda não se têm definições de como serão os próximos passos da categoria se a decisão for de parar totalmente o trabalho da PC. "A greve é uma realidade concreta. Não sabemos se vamos parar por dias ou até a integralização dos salários, muitas coisas ainda precisam ser debatidas. O certo é que não podemos mais aguentar o calote do governador", comentou Isaac.
Em Pelotas, desde a última sexta-feira, a maioria dos agentes da 18ª Delegacia de Polícia Regional atua no modo Operação Padrão. A medida prevê o não cumprimento das metas estabelecidas pelo programa Qualificar, a não participação em Operações Policiais enquanto os salários não forem integralizados, somente registros de ocorrências criminais, entre outras situações.
Na região da 18ª DPR, 165 policiais civis não receberam, de forma integral, o 13º salário de 2016. Segundo o representante da Ugeirm na Região Sul, Tiago Vieira, o pagamento das férias tem sido feito após o gozo das mesmas. O mês de setembro completou o 21º parcelamento de salários do funcionalismo estadual. "É a maneira que temos de reagir aos absurdos que o governo tem feito com os servidores das áreas que mais necessitam dos trabalhadores: segurança, saúde e educação", disse Vieira.
Brigada Militar
De acordo com a Associação Beneficente Antônio Mendes Filho (Abamf), representantes do sindicato dos policiais militares estarão presentes na assembleia em apoio ao ato. Um dos diretores da Abamf, Gérson Rodrigues, disse que não haverá participação de brigadianos, já que a Constituição Federal não autoriza que militares paralisem as atividades. "Os policiais da Brigada Militar estarão representados e contra as ações do governador", disse Gérson.
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