Na segunda-feira (30), representantes do governo receberam o comando de greve dos professores estaduais para apresentar propostas. O Executivo se propôs a pagar todos os professores em dia a partir da folha de dezembro, a ser paga no último dia útil do mês.
A medida, no entanto, tem duas condições: obter o lucro esperado com a venda de ações do Banrisul e aderir ao plano de recuperação fiscal, que prevê o não pagamento da dívida com a União por três anos.
O governo também se comprometeu em não dispensar contratados temporários que tenham aderido à greve. E, por fim, a manutenção do artigo 35 da Constituição Estadual, que estabelece a obrigatoriedade do pagamento em dia dos salários. Uma proposta de emenda constitucional tramitava para cancelar esse artigo.
As propostas foram levadas para a reunião do Conselho do CPERS, que manteve a greve. Uma contraproposta deverá ser apresentada ao governo pelo sindicato após aprovação da categoria.
A principal reivindicação é o pagamento em dia dos salários do funcionalismo. Desde fevereiro de 2016, os servidores vinham recebendo de forma fatiada e consecutiva. Em outubro deste ano, o governo passou a escalonar os pagamentos, garantindo primeiro os vencimentos daqueles que recebem até R$ 2 mil.
Segundo a Secretaria de Educação, 2,8% das escolas estão totalmente paralisadas, e 30% apresentam greve parcial. O CPERS informa um dado diferente, contabilizando o número de profissionais, entre professores e funcionários, em paralisação: 60% aderiram a greve, segundo eles.
G1