De acordo com a titular da 3ª Delegacia de Polícia (DP) de Pelotas e responsável pela investigação, Márcia Chiviacowsky, a mãe da criança não estava em casa no momento em que o fogo atingiu o imóvel, diferente do que havia sido informado por familiares no dia do fato. Conforme a delegada, ela teria saído cedo e deixado Júlia, Alexia e o menino de três anos sozinhos. "Ela disse para a mãe que sairia, pode ter considerado que não havia riscos, uma vez que outros membros da família moram no mesmo terreno", contou.
A irmã gêmea de Júlia, Alexia, teve mais de 40% do corpo queimado. Ela foi socorrida, encaminhada ao Pronto-Socorro de Pelotas (PSP) e transferida para a Santa Casa de Porto Alegre, onde permanece internada na ala dos queimados. Conforme a avó materna das crianças, Eliane Ribeiro, na sexta-feira Alexia foi submetida a uma cirurgia no rosto, na tentativa de recuperar a pele da menina. "Ela está apresentando melhoras, está reagindo bem, mas o caso ainda é muito complicado. Ela vai ter que retirar uma das orelhas", comentou. A jovem de 20 anos, mãe das crianças, está em Porto Alegre ao lado de Alexia.
A dona de casa Eliane contou que a filha teria saído para fazer uns "bicos" em um local próximo à residência em que mora. O menino de três anos teria conseguido sair do imóvel e gritado "fogo, fogo, fogo", momento em que vizinhos acionaram os Bombeiros. "Estamos todos muito abalados com isso. Muita tristeza", lamentou.
Júlia, Alexia e o irmão brincavam dentro do imóvel quando o fogo começou, por volta das 10h de terça. Laudo dos Bombeiros apontou para um curto-circuito em um aparelho de som como causa do incêndio. Gerson Luiz Rodrigues, major do Corpo de Bombeiros, disse que quando a corporação chegou Alexia havia sido socorrida e o corpo de Júlia foi localizado dentro da casa, durante o combate das chamas.
O pai das crianças, Giliard de Oliveira, estava trabalhando no momento do ocorrido.
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