Natalício Ruan da Silva Soares, padrasto do menino Raphael Silva da Rosa, três anos, confessou na tarde desta terça-feira (23) que matou o enteado no dia 24 de setembro. A confissão, de acordo com o titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa, delegado Felipe Borba, foi feita formalmente, em depoimento. "Sim, de fato ele confessou o crime. Disse que foi movido por fúria, incomodado pelo choro do menino", disse Borba.
Conforme o delegado, ainda é necessário esperar pelo resultado dos exames feitos pelo Instituto Geral de Perícias. "Outros detalhes do depoimento do Natalício também não serão revelados. Ainda temos de ouvir a mãe do menino", declarou Borba. Natalício e a mãe do menino, Iracema de Vargas Cristina, estão presos preventivamente.
Anteriormente, Iracema alegou que não estava em casa quando Raphael foi asfixiado até a morte pelo padrasto. O delegado, contudo, já havia dito que o álibi da mulher não se confirmara. "Não da maneira como ela apresentou", disse Borba.
Iracema e Natalício negaram que tivessem contribuído para a morte dele, mas segundo a investigação e depoimentos de familiares, reações violentas do casal a certas atitudes da criança eram frequentes. A causa da morte, asfixia mecânica, já estabelecida pelos peritos, foi apenas confessada nesta terça por Natalício.
O menino deu entrada no Posto 24 Horas com hematomas. Segundo os plantonistas, a criança apresentava hematoma próximo da orelha direita, no queixo, no pescoço e algumas marcas pelo corpo. Natalício alegou que o menino tinha dificuldade para respirar e que parara de respirar no caminho.
Fonte; www.jornalnh.com.br