Nove pessoas morreram este ano no Estado por complicações relacionadas à meningite. Mesmo diante do número, e do surto no município de Cachoeirinha, a situação pode ser controlada e não há motivo para pânico, segundo a Secretaria Estadual de Saúde (SES). Em Pelotas, a Secretaria Municipal está atenta e orienta a população para que - se identificados sintomas - busque imediatamente o Pronto-Socorro de Pelotas (PSP).
As equipes de atendimento estão de prontidão para diagnosticar a doença. De acordo com a gerente da vigilância epidemiológica do município, Maria Regina Gomes, a rede de saúde possui vacinas de prevenção e antibióticos para tratamento de casos de meningites mais graves.
Maria Regina ressalta que a época do ano torna comum este tipo de ocorrência, mesmo assim, não há registro na cidade de casos de meningococemia do tipo C, que pode provocar óbito por infecção generalizada.
No Estado, o último registro de óbito por este tipo ocorreu no Hospital Nossa Senhora Aparecida de Camaquã. Natural de Dom Feliciano, a adolescente Jéssica Wiatrowski, 17, morreu na madrugada da última quarta-feira.
Em Cachoeirinha, quatro casos foram confirmados e duas crianças morreram. A estratégia da rede é distribuir seis mil doses de vacina no bairro onde ocorreu o surto. A vacinação se soma às medidas de quimioprofilaxia, com uso de antibiótico bactericida em pessoas que tiveram contatos íntimos ou prolongados com pessoas diagnosticadas, como familiares, colegas, professores, entre outros.
O que é a meningite?
É um processo inflamatório das meninges, membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. Ela pode ser causada por diversos agentes infecciosos como bactérias, vírus, fungos, e outros. Em alguns casos, as bactérias também podem gerar quadro de infecção generalizada (meningococemia).
Transmissão e tratamento
Em geral, a propagação ocorre de pessoa a pessoa, através das vias respiratórias, por gotículas e secreções do nariz ou da garganta. Após avaliação médica e análise preliminar de amostras clínicas do paciente, ele ficará internado e receber tratamento de acordo com a gravidade. No caso da meningite bacteriana, o tratamento é realizado com antibióticos específicos.
Sintomas
Os principais sinais são febre alta, dor de cabeça intensa e contínua, vômito, náuseas, rigidez de nuca e manchas vermelhas na pele (petéquias). Em crianças menores de um ano de idade os sintomas podem não ser tão evidentes, devendo-se atentar para a presença de moleira tensa ou elevada, irritabilidade, inquietação com choro agudo e persistente e rigidez corporal com ou sem convulsões.
A população pode procurar o Pronto-Socorro de Pelotas, localizado na rua Barão da Santa Tecla, 834. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (53) 3272-1522.
Prevenção
A principal medida de controle para reduzir o contágio e, consequentemente, o número de casos, é a notificação e investigação de suspeitas. Outras medidas importantes são:
# Higienização das mãos
# Higienização do ambiente
# Ventilação do ambiente
# Cuidado com alimentos
Situação no Estado
A Secretaria Estadual da Saúde reforça que o número de casos da doença meningocócica se mantém nos níveis normais no interior, na região Metropolitana e na Capital. A Vigilância da meningite se mantém ativa e há monitoramento de ocorrências.
2015 (até 9/7) - 39 casos/9 óbitos
2014 - 81 casos/14 óbitos
2013 - 77 casos/19 óbitos
2012 - 56 casos/7 óbitos
2011 - 77 casos/13 óbitos
2010 - 83 casos/17 óbitos
Fonte: SES