As obras do Mercado Público Municipal devem ser concluídas até o final de fevereiro. O período de chuvas intensas, associado ao atraso no repasse de verbas do governo federal, justifica a mudança forçada nos planos. A expectativa era de que a reinauguração ocorresse ainda em 2015. Agora, a nova estimativa aponta para o mês de março. E o começo do ano deve contar com o início de, pelo menos, mais uma das ações do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Cidades Históricas: o restauro da Igreja Matriz.
A transformação é visível. Do telhado ao piso. Aberturas recuperadas, forros restaurados e instalações elétricas novas. Apesar do ritmo mais lento nos trabalhos - devido à demora no pagamento para empresa responsável -, a obra está 90% pronta, afirma a arquiteta do Escritório Técnico da Secretaria de Planejamento e Urbanismo, Adriana Ança. Reboco do muro, pintura externa, execução de detalhes do que dita o Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndios (PPCI) - como a instalação da Central de Gás - e compra e colocação de louças nos banheiros e de luminárias estão entre as principais pendências.
A fase também é de elaboração do regramento para o uso dos espaços - explica a secretária de Cultura e Turismo, Maria Fernanda Passos das Neves. Tudo para que a reinauguração do Mercado de Jaguarão represente a reabertura efetiva das portas a moradores e turistas - e não repita o episódio de Pelotas, onde o Mercado Central foi simbolicamente entregue em dezembro de 2012, mas permaneceu totalmente fechado por mais de 40 dias. Pelo que está desenhado até o momento, a estrutura deverá contar com um bar, uma doceria, dois restaurantes e seis lojas. O tempo para exploração dos ambientes e o valor dos contratos, entretanto, ainda serão tema de debate entre as autoridades jaguarenses, para que o edital de licitação possa ser, então, publicado.
Relembre
As obras, orçadas em R$ 4,5 milhões, tiveram início em julho de 2014. O restauro, completo, traz vida a um dos cartões-postais da cidade e transforma-se em mais uma iniciativa para valorizar o tripé memória-cultura-lazer. Será mais uma obra - assim como a do Theatro Esperança - para entrar para história. O Mercado Público, interditado pelo Corpo de Bombeiros em julho de 2013, deixará a condição de precariedade para funcionar totalmente recuperado. Apenas as cores serão as mesmas: azul e branco.
Confira o que está por vir
- Igreja Matriz: o edital de licitação para o começo das obras deve ser lançado em janeiro. A prorrogação do Termo de Compromisso entre a prefeitura e o PAC Cidades Históricas, até 2018, já foi publicada no Diário Oficial da União (DOU), para permitir a execução dos trabalhos. Além da restauração do prédio, o projeto - no valor de aproximadamente R$ 6 milhões - prevê a recuperação da nave central. Imagens e quadros não estão contemplados. A criação de um memorial, para destacar documentos e realizar exposição de peças, também está programada.
- Praça Doutor Alcides Marques: uma audiência pública deve ser promovida, em breve, para a comunidade ganhar a chance de opinar sobre a requalificação da praça e do Largo das Bandeiras. "Não queremos impor o projeto", destaca a arquiteta Adriana Ança. Troca dos ladrilhos hidráulicos, ampliação do playground e intervenção no chafariz integram os planos. A ideia é de que os banheiros, hoje instalados no nível da calçada, possam ser rebaixados, para um palco ser criado sobre o local. A intenção também é de resgatar o eixo longitudinal da praça: "Queremos deixar o eixo de monumentos, que começa no chafariz e acaba na Igreja Matriz, mais marcado", conta Adriana. Uma medida adotada através de alterações na vegetação.
Diário Popular