Um funcionário do Correios de Jaguarão foi preso por agentes da Polícia Federal (PF) por desvio de mercadorias. O servidor foi preso em flagrante por peculato devido ao extravio de objetos, principalmente, aparelhos eletrônicos. A fraude era praticada dentro da agência do Correios do município.
A estimativa é de que em seis meses o funcionário, cujo nome não foi revelado, tenha desviado mais de R$ 200 mil em produtos. Segundo o Departamento de Polícia Federal de Jaguarão trata-se do maior caso de desvio de mercadorias deste ano no Rio Grande do Sul. A participação de outros servidores dos Correios no esquema, por enquanto, é descartada pela polícia.
A prisão do funcionário ocorreu após planejamento cooperado com setor de segurança patrimonial dos Correios que auxiliou no monitoramento do trânsito das mercadorias enviadas de Porto Alegre a Jaguarão bem como na conduta do infrator ao realizar o desencaminho das mercadorias. O suspeito realizava entregas quando foi surpreendido pelos agentes federais. Com ele, a Polícia Federal encontrou dinheiro e eletrônicos que teriam sido desviados. A suspeita, segundo a Polícia Federal, é de que o agente dos Correios revendesse as mercadorias.
Conforme a Polícia Federal, o esquema de desvio consistia na seguinte maneira: as mercadorias saíam de Porto Alegre, chegavam em Jaguarão mas não eram lidas na lista dos produtos enviados pela empresa. A fraude ocorria dentro da agência dos Correios. "É como se esses produtos estivessem se perdido no meio do caminho, como se não tivessem chegado ao seu destino", explicou um policial. Há casos de uma loja ter enviado cinco vezes os aparelhos de celular a seu comprador, entretanto, devido ao desvio a encomenda nunca chegou.
De acordo com o titular da PF em Jaguarão, Alexandre Quevedo, o servidor estava sendo investigado há seis meses após denúncia do departamento de segurança patrimonial dos Correios de que algumas encomendas destinadas a Jaguarão não estariam chegando a sua origem. A partir disso, a PF montou esquema de investigação e prendeu o funcionário em flagrante.
O suspeito estava há sete anos na empresa. Ele foi ouvido pelo Departamento de Polícia Federal e em seguida encaminhado ao Presídio Estadual de Jaguarão (PEJ). O teor do depoimento, porém, não foi divulgado pela PF.
O suspeito estava há sete anos na EBC. Ele foi encaminhado ao sistema penitenciário de Jaguarão.
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