A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta sexta-feira (23) a Operação Proteína para desarticular três grandes organizações criminosas investigadas por comercializar irregularmente anabolizantes e outras drogas, como medicamentos anorexígenos. Mais de 320 policiais federais cumprem 30 mandados de prisão e 75 de busca e apreensão no Rio Grande do Sul e em outros cinco estados. Pelotas e Rio Grande são duas cidades alvo da operação em solo gaúcho.
A Operação Proteína teve início em julho do ano passado com base em informações que apontavam o comércio ilegal de anabolizantes e outras substâncias ilícitas em academias e lojas de suplementos alimentares em Rio Grande. A investigação deu origem a outra operação, a Black Dragon, deflagrada em dezembro. O trabalho da polícia evidenciou que uma parcela do material irregular consumido na cidade era fornecida por três organizações criminosas estabelecidas na cidade de São Paulo que faziam a importação de produtos fabricados em países como Paraguai, Argentina e Índia - todos sem o devido registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Há indícios ainda de falsificação e comercialização de medicamentos adulterados - como hormônios de crescimento - e de aquisição de anabolizantes no mercado interno, de forma fraudulenta, desviados para revenda clandestina.
Nove mandados foram cumpridos em Pelotas e vários estabelecimentos foram vistoriados pelos policiais. Uma das ações aconteceu em uma farmácia na rua 15 de Novembro, entre Voluntários da Pátria e Doutor Cassiano. Em Rio Grande, foram três cumprimentos.
A movimentação financeira mensal das organizações criminosas é estimada em R$ 2 milhões. A Polícia Federal destacou o alto grau de estruturação dos grupos, que contam, inclusive, com a participação de servidores de órgãos de segurança pública. Policiais federais, civis e militares são investigados na Operação Proteína.
*Com informações da Polícia Federal