O golpe foi descoberto após uma lojista receber a quantia de R$100,00 de uma integrante do esquema criminoso referente ao pagamento de uma mercadoria avaliada em R$30,00 - limite máximo das compras -. Ao passar na nota uma caneta que identifica se o dinheiro é verdadeiro, a comerciante percebeu que a mulher repassava nota falsa. A segurança do evento foi alertada e a Brigada Militar, presente na feira em posto e estande, foi acionada. "Eles compravam coisas de pequeno valor, como cachecol ou bijuterias para ter um bom dinheiro como troco", explicou uma das policiais responsáveis pelas prisões.
A suspeita, então, foi vista pelos seguranças internos saindo dos pavilhões do Centro de Eventos. Logo em seguida acabou sendo abordada pela BM. Com M.A.L.M., 29, a Brigada Militar encontrou uma nota de R$100,00 falsa e mercadorias. O homem, V.M.F. 33, aguardava a estelionatária na área externa da feira. Com ele, a BM encontrou aproximadamente R$ 600,00 em notas falsas sendo transportadas dentro do bebê conforto. A Brigada Militar foi até o veículo dos criminosos e lá, foram localizadas mais mercadorias.
Uma outra mulher, envolvida no esquema, também foi presa pela BM. Ela foi pega quando passava em frente à Brigada Militar, na área externa da feira. Durante a prisão, ela indicou onde teria deixado o restante das mercadorias.
Além do dinheiro, a Brigada Militar apreendeu três celulares e um tablet. Nos aparelhos, a polícia encontrou conversas entre integrantes do grupo criminoso. Nas trocas de mensagens, uma pessoa questionava a aceitação dos comerciantes em relação às notas falsificadas distribuídas na feira e faziam referência ao lote a qual o dinheiro falsificado pertencia. Segundo as mensagens, alguns comerciantes estariam questionando o "brilho" da nota. As notas de R$100,00 tinham, inclusive, marca d'água.
O trio foi conduzido ao Departamento de Policia Federal (PF) e onde foi autuado o flagrante por moeda falsa. As duas mulheres e o homem foram encaminhados ao Presídio Regional de Pelotas. A criança ficou com a mãe, por enquanto, não identificada como participante do esquema de repasse de notas falsas.
Há possibilidade de que o responsável pela falsificação seria o homem de 33 anos preso pela BM na Fenadoce, a Polícia Federal, no entanto, investiga o caso. A pena prevista no Código Penal para quem fabrica, vende, compra, guarda ou introduz na circulação moeda falsa é de três a 12 anos de reclusão e multa.
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