A Companhia Estadual de Distribuição de Energia Elétrica (CEEE-D) e a Polícia Civil deflagraram nesta quinta-feira (26) uma operação de combate ao furto de energia em 240 unidades consumidoras no Centro de Pelotas.
A ação iniciou em comércios da rua Marechal Deodoro. Até agora, um homem foi preso em flagrante por furto qualificado. No local foram os servidores da CEEE-D e os agentes da Civil encontraram ligações irregulares
De acordo com o titular da Delegacia de Repressão aos Crimes contra o Patrimônio das Concessionárias e os Serviços Públicos (DRCP), Luciano Peringer, o mutirão iniciou por Pelotas devido ao grande número de estabelecimentos em condições ilegais. Conforme o delegado, além de oito anos de reclusão para quem pratica o "gato", traz também problemas à concessionária e a economia, como concorrência desleal e sonegação fiscal, valores que poderiam ser direcionados para a melhoria de diversos serviços à população.
O gerente Regional da CEEE-D em Pelotas, Alexandre Madruga Ávila, observa que os desvios afetam a qualidade da energia elétrica aos clientes regulares e resultam em prejuízos financeiros à empresa na ordem de R$ 200 milhões ao ano, 12% do valor é relacionado à Região Sul.
Em agosto deste ano, a companhia iniciou a campanha publicitária “Fez gato, pagou o pato” com o propósito de alertar à população sobre os riscos do furto de energia. Nesse período, quase seis mil denúncias já foram feitas através do canal.
Além do prejuízo no bolso do consumidor e da economia, Ávila salienta para outras consequências da fraude de energia, como, por exemplo, riscos de incêndios, choques elétricos e até mortes.
Segundo ele, o segmento que apresenta maior quantidade de irregularidades, baseado nos dados da área de fiscalização, é a classe residencial. Em contrapartida, o setor que apresenta maior valor financeiro de recuperação é a classe comercial, com 33% de tudo que é fiscalizado pela Companhia. No ano passado, a Regional de Pelotas arrecadou um montante de R$ 3,5 milhões, resultados das autuações feitas sobre consumos não faturados.
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