Após as sessões de tortura que teriam durado horas, o suspeito chamou um táxi e levou a mulher à Santa Casa do município onde foi deixada, em frente ao pronto atendimento, sentada em uma cadeira.
Aos agentes da Polícia Civil, o homem confessou o crime e disse que teria praticado a violência por conta de uma possível traição. Entretanto, o depoimento do criminoso é contraditório, conforme afirma o delegado que responde interinamente pela Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam), Roberto Sahagoff. "Ele disse que a vítima pretendia abortar e ele não queria. No entanto, diante dos ferimentos causados por ele nas partes íntimas dela, essa não era uma preocupação", disse. No local do crime, a Polícia Civil encontrou sangue em praticamente todos os cômodos da casa e cabelos da vítima espalhados por todos os cantos.
O suspeito e dois irmãos dele foram presos. O homem deve responder por feminicídio qualificado - por conta da tortura - e os outros dois, que seriam traficantes do município, por tráfico de drogas. "É um dos casos mais absurdos e perversos que já vi. Muita crueldade."
DP