Uma apreensão da Patrulha Ambiental (Patram) da Brigada Militar vai reforçar a segurança do Presídio Regional de Pelotas (PRP). Cerca de cinco mil metros de redes de pesca apreendidas no ano passado pela guarnição da BM durante operação de combate à pesca ilegal realizada na Lagoa dos Patos vão cobrir os pátios por onde circulam 950 presos da unidade prisional. A intenção é evitar que materiais como celulares, facas e drogas sejam lançados para o interior da penitenciária. As redes devem ser fixadas pelos próprios presos.
De janeiro a março deste ano agentes penitenciários apreenderam três quilos de maconha oriundos de arremessos.
Nos últimos 14 meses, conforme o diretor do PRP, Fluvio Bubolz, 180 telefones móveis foram apreendidos com os detentos. Em fevereiro, 46 aparelhos foram encontrados pelos agentes durante revista nas celas da galeria D, dominada por integrantes de uma das organizações criminosas que disputam o domínio do tráfico de drogas em Pelotas. Neste primeiro trimestre, 75 celulares já foram recolhidos pela Susepe em Pelotas.
De acordo com a administração da casa prisional, a maioria do material ilícito que entra no PRP é proveniente de arremessos. Segundo Bubolz, a prática se dá devido à falta de policiais militares nas oito guaritas do presídio, facilitando os lançamentos.
Há pouco mais de um mês, dois homens em uma motocicleta foram flagrados em movimento suspeito nas proximidades da tela de proteção do PRP. No momento em que um deles pretendia jogar um objeto - a suspeita é de que fossem drogas e celular - um policial militar que fazia a ronda viu a ação e efetuou um disparo de advertência para dispersar a dupla, que acabou fugindo.
O vice-diretor do PRP, Antônio Zehetmeyer, acredita que a iniciativa deverá reduzir a quantidade de ilícitos que entram nos pátios do presídio e depois chegam às mãos dos apenados. “Tudo o que for jogado vai ficar em cima da malha”, comentou. A previsão é de que nesta sexta-feira as redes já comecem a cobrir os pátios do PRP.
Operação Ceifadores
Na última terça-feira, após seis meses de investigações, a Polícia Civil deflagrou a Operação Ceifadores em combate aos crimes de tráfico de drogas e homicídios orquestrados pelo crime organizado de dentro do Presídio Regional de Pelotas (PRP). Durante a investigação foi identificada toda a estrutura de um dos grupos, que vai desde o responsável por guardar armas e drogas, passando pelos distribuidores e executores de homicídio.
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